terça-feira, 30 de agosto de 2022

Não é para você

 Eu espero que você sinta falta

de todas as flores que não me mandou

de todos os beijos que não me deu

dos abraços que não me abraçou

eu espero que você sinta falta

de todo amor que mediu

achando que era muito para me dar 

espero que você sinta falta

das noites que não me abraçou

dos sorrisos que não me sorriu

da felicidade que envitou

eu espero que você sinta falta

do mundo que eu quis te dar

do quanto eu te amei masi que meu próprio respirar

eu espero que você sinta falta de ter alguém para amar

eu sinto muito mas não deu

o caminho que vpcê quer seguir

é estreito para me levar

eu sinto muito mas não quis

os espinhos ao invès da flor

e o que voCê dizia que era amor

era pouco e se acabou

o anel que tu me destes, era vidro e se quebrou

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Até agora

 Eu buscava todo o dia 

Agora nem escrevo mais 

Não por não ter o que dizer 

Mas prefiro a sua paz  

A pupila dilata 

O teu corpo dá sinais 

O que mora na cabeça  ?  

Eu me lembro?  

nunca mais... 

Eu pensei você distante 

Viajando em outro mundo 

Eu pedi pra todos santos 

Alguém ouve a minha voz? 

Eu só clamo pelo sopro que a vida te dá! 

Entre mundos te despeço 

Me desfaço em mil pedaços 

Tantos chamam o teu nome 

A qual voz vai escutar?

Eu só clamo pelo sopro que a vida te dá 

Entre preces e promessas 

Me entorpeço, nunca mais 

Que a dor já não me assusta 

Eu renasço em meio ao caos 

Eu só clamo pelo sopro que a vida te dá 

A pupila dilata 

O teu corpo dá sinais 

O que mora na cabeça  ?  

Eu me lembro?  

nunca mais... 

Eu só clamo pelo sopro que a vida te dá 

Eu pensei você distate

A pupila dilatada

Viajando em outro mundo

O teu corpo dá sinais

Eu só clamo pelo sopro que a vida te dá!

Eu só clamo pelo sopro da sua vida em paz

  













terça-feira, 16 de agosto de 2022

Um sopro de vida

Ainda ontem, 1995

a gente ria numa noite fria

crianças inocentes, presentes

não havia passado, não havia futuro

Só havia o riso, a música, a festa

O Deus do tempo dançou conosco

um elo que faz eu sentir seu coração bater no meu

Amizade, lealdade, vida compartilhada

rida, sofrida, chorada, tragada

O Deus do Tempo, um tropeço

e tudo voltou ao começo

um filme da dança, de treços da vida

e o coração ligado ao meu

bate a angustia da espera

Eu já pedi tanto pra você não ir embora

eu já rezei pra todos os santos de todas as fés

Fiel a ti, trai meus ritos

pois qualquer vela acesa que te traga de volta 

vale a fé

agora o deus do tempo ri

dançando sua valsa lenta

respirando e zombando de cada compasso

de cada passo

e a noção do tempo que voou

agora pousa num presente eterno

Essas são as palavras que nunca sonhei escrever

Apenas não vá embora

Não agora

Não assim

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Ando perdida no meio do caminho
São tantas  estradas
Percebo que curvei em adjacentes
Marquei caminhos errantes
A sola dos meus pés cravada a espinhos
Procura poeira morna como alívio
Hoje sou bailarina  sem música
Ator sem personagem
Cantor sem voz
Desenhista sem papel
Pintor sem pincel
Corpo sem alma
Artista em ditadura
Eu sem mim

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Cada hora um desafio
a vida por um fio
a navalha em corte lento
desliza no vermelho vivo
dos seus olhos lascivos

A culpa e o pudor
o medo o terror
a vida, que vida?
ainda há vida...

Ainda estou viva
Cadê você
Que comigo andava nas nuvens


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sonhos

As idéias se perdem no ar
e como barcos à deriva
somos levados a lugares distantes
mundos diferentes

sonhos adiados
felicidade incompleta

passageira

falta aquele pedaço

tudo que deixamos para trás

risos soltos
espontâneos
vontade de parar o tempo

poucos nomes
muitos momentos

só o tempo dirá
quando iremos
nos reencontrar

não assim ao acaso

mas com aquele olhar
de missão cumprida
de que nunca mais
faltará um pedaço

sábado, 12 de março de 2011

Pecado Capital

E o céu mais uma vez chora

Sobre uma cidade triste

Sem amigos, sem amor

O coração petrificava

Pensamentos insanos ainda rondavam

E velhos ritos se seguiam


A vida cada vez mais vazia

A alma cada vez mais fria

Na verdadeira selva de pedra

Na maior prisão do mundo

Os sonhos despedaçavam a sua frente

E caiam em forma de chuva


Na varanda olhava os prédios

O cigarro por companhia

E uma vida que não queria

Apertava forte o peito

O resto era passado

Mas a saudade era seu maior defeito...