terça-feira, 16 de agosto de 2022

Um sopro de vida

Ainda ontem, 1995

a gente ria numa noite fria

crianças inocentes, presentes

não havia passado, não havia futuro

Só havia o riso, a música, a festa

O Deus do tempo dançou conosco

um elo que faz eu sentir seu coração bater no meu

Amizade, lealdade, vida compartilhada

rida, sofrida, chorada, tragada

O Deus do Tempo, um tropeço

e tudo voltou ao começo

um filme da dança, de treços da vida

e o coração ligado ao meu

bate a angustia da espera

Eu já pedi tanto pra você não ir embora

eu já rezei pra todos os santos de todas as fés

Fiel a ti, trai meus ritos

pois qualquer vela acesa que te traga de volta 

vale a fé

agora o deus do tempo ri

dançando sua valsa lenta

respirando e zombando de cada compasso

de cada passo

e a noção do tempo que voou

agora pousa num presente eterno

Essas são as palavras que nunca sonhei escrever

Apenas não vá embora

Não agora

Não assim

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